quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Comercial


Não parece um cartaz de publicidade de algum filme de comédia romantica ou até mesmo o lançamento da nova temporada de Friends (até consigo escutar ao fundo I'll be there for you...), Mas são os meus aluninhos de 3 anos, num dia de Sol super empolgados com a nossa atividade no tanque de areia!
Essas fotos são revigorantes...

A Caixa

Tive um momento nostálgico!
Fui arrumar meu guarda-roupa, diga-se de passagem: trabalho árduo, e me deparei coma minha ‘caixa de cartas’, na qual eu guardo todas as minhas cartas (obviamente pelo nome já dava pra perceber), bilhetes, desenhos, letras de RAP, envelopes, cartões de aniversário, de Natal e postais. Ah... e uma calcinha.
Tenho uma quantidade razoável de cartas. A maioria delas chegavam pra mim nas férias do Ensino Médio, escritas pelas minhas amigas. Conseqüência de se estudar em período integral, você acaba chamando a escola de casa e nas férias não consegue ficar falar (corresponder) com suas amigas.Nós achávamos o e-mail superficial e na época não existia ORKUT, TWITER, FACEBOOK ou coisa parecida.
Ah,também tenho algumas cartas dramáticas de uma amiga me pedindo desculpa por alguma mancada que dera. Por exemplo: Combinarmos de ir cinema e ela não aparecer e não dar nenhuma satisfação. Mentir dizendo que estava de castigo pra sair com futuro namorado (isso mesmo ela mentia pra mim e não pra mãe dela, sem noção). Descontar a raiva que ela tinha do Universo em mim. Desligar o telefone na minha cara. Toda vez chegar atrasada (isso quando ela ia).Atender o telefonema de um ser que com certeza a faria chorar (isso é fato!) no meio de uma conversa/cinema/praia etc.
Durante um tempo me perguntavam porque eu não acreditava em amizade...Graças a Deus sou curada e: SIM, isso era uma amizade...bem estranha ...mas era (é)!
Também tenho dois desenhos lindos feitos pela minha amiga-artista Thaís.
Que também me escrevia coisas incríveis numa época que eu não era nem um pouco razoável. Estava impaciente com o Mundo,mas ela acreditou que eu melhoraria e aquilo tudo ia passar, sabiamente ela dizia que até a uva passa!
A Thais me irritava profundamente com as suas cantorias, alegria matutina, risadas fora de hora, choro fora de hora, pieguismo, drama...
Certamente eu a irritava também com meu mau-humor e os cala-bocas por causa de suas cantorias. Éramos uma dupla e tanto!
Tenho três cartões postais. Um comprado no Museu do Ipiranga com a figura do Tiradentes com uma corda no pescoço e uma dedicatória sugestiva que só poderia ter vindo da Ramonne.
Os outros dois cartões vieram do Sul do país. Cidades que eu gostaria muito de conhecer: Florianópolis e Curitiba. Em ambos esta escrito que adorariam a minha companhia lá (sério!), que eu amaria a lugar (óbvio!) e era uma pena eu não poder estar lá (também achava!).
Tenho alguns cartões de Natal e outros tantos de aniversário. Aliás, tenho um cartão que ganhei da Elis no meu aniversário de 19 anos que quase não cabe na caixa. Ganhei juntamente com uma calça linda. Qual é a probabilidade de na fila da secretaria da universidade você começar uma conversa casual e descobrir que a outra pessoa mora no bairro vizinho faz o mesmo curso na mesma sala? Isso no primeiro dia de aula! Eu sempre fico chocada com essas coincidências. Na época eu acabara de fazer 19 e a Elis tinha 23 e eu ficava pensando se quando tivesse a idade dela teria a mesma segurança e maturidade...
Voltando ao cartão. Ela escreveu: Para a mais nova Jornalista! E me cativou...pena não ter dado certo. Em dezembro desse ano eu seria a mais nova jornalista...mas não rolou...
Na caixa também tem alguns bilhetinhos que aparecem misteriosamente na minha Bíblia na hora do culto. Sempre me mandando beijinhos e desejando uma boa semana. Há também o bilhete que o meu pai deixou junto com o dinheiro da passagem no dia em que fui fazer a prova para entrar no CEFAM. Ta escrito assim: Boa Sorte Tata. Papai!!! Curto, sincero e eficaz. Passei na prova!
Também tem as letras de RAP que a Quel mandava pra mim nas férias. Tentando me converter ao movimento HIP HOP e eu quase não tinha paciência de ler as letras por inteiro. Eram enormes e enfadonhas. No meio da musica não se sabe mais do que ela trata, parece os filmes da Sofia Copola, quando se passa uma hora do filme você se pergunta: É sobre o que mesmo esse filme? Mas eu gosto...dos filmes...do RAP não!
Ahhhh e a calcinha com a cara do Xandy, o rebolativo, daquela grupo de axé/pagode/funk (sei lá eu) ganhei da Quel (essa que me mandava as letras de RAP, mui amiga né?!?!?) num inimigo secreto...Ta perdoada!

Amigo/inimigo secreto 2003

Tudo isso numa caixa...